Justiça de SP pede urgência para deportação da cantora Reisla da Vitória presa em Massachusetts

MEDFORD - A Justiça de São Paulo pediu essa semana ao governo dos Estados Unidos para acelerar a deportação da cantora Reisla Regina Silva da Vitória condenada no Brasil por tráfico de drogas. 

O documento asssinado na segunda-feira, 31 de julho, pelo juiz José Augusto Franca Júnior solicita "a máxima urgência" para que Reisla da Vitória seja extradidata. Ela tem uma audiência de imigração no dia 10 de agosto. 

A foragida já era cantora no Brasil e continuou a carreira nos EUA até ser presa no dia 26 de julho em Medford, Massachusetts, pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE, na sigla em inglês) após ter tido o seu nome incluído na lista de foragidos da Polícia Internacional (Interpol). 

Reisla vivia no país desde março de 2020, quando entrou legalmente com visto de turista e recebeu autorização de permanecer até setembro daquele ano. 

Nessa época, ela já havia sido condenada em primeira instância e aguardava o resultado de um recurso 

Em dezembro do ano passado, a Justiça brasileira expediu mandado de prisão contra a acusada e, no dia 18 de julho, as autoridades notificaram o ERO (Escritório Especial de Remoção do ICE) em Boston de que ela estava em Massachusetts.

Vida Pública 

Mesmo com o visto expirado e condenada no Brasil,  Reisla da Vitória mantinha uma rotina de apresentações musicais em Massachusetts e não escondia o seu dia a dia nas redes sociais. 

Em sua página no Instagram @cantorareislavitoria é possível acompanhar uma agenda de shows em estabalecimentos brasileiros. 

Condenação

Reisla Regina Silva da Vitória foi condenada em fevereiro de 2022 a cinco anos e dez meses de prisão por tráfico de drogas, pela 3ª Vara Criminal e da Infância e Juventude de Assis, no interior de São Paulo.

A cantora foi presa em flagrante por tráfico de drogas enquanto transportava pouco mais de três quilos de cocaína em um ônibus que saiu de Corumbá (MS) com destino a São Paulo, capital. O caso foi registrado no dia 23 de outubro de 2019, na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Assis (SP).

Na ocasião, Reisla confessou o crime e alegou que havia combinado com um homem de transportar a droga. O suspeito foi preso pouco depois em um ônibus, na Rodovia Castello Branco (SP-280), em Avaré (SP). Ele cumpre pena por tráfico de drogas.

Em entrevista à imprensa brasileira, o advogado de Reisla, Isaac de Moura Florêncio, disse que ao chegar ao Brasil, a cantora deve ficar sob custódia da Polícia Federal até que a 3ª Vara Criminal de Assis defina onde ela deve cumprir a pena em regime semiaberto.