Comitê da Câmara abre investigação contra George Santos
WASHINGTON - O Comitê de Ética da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta-feira, 2, que abriu uma investigação sobre o deputado federal por Nova York, o republicano de origem brasileira George Santos.
Logo após ser eleito em novembro do ano passado, uma reportagem do The New York Times denunciou mentiras no currículo de Santos. Ele também é acusado e divulgar ganhos econômicos inflados e, inclusive, acusações de apropriação indevida do dinheiro arrecadado para um cachorro doente.
O comitê ficará encarregado de determinar se George, de 34 anos e filho de imigrantes brasileiros, cometeu fraude no contexto da campanha de 2022, violou leis federais ou incorreu em condutas sexuais inapropriadas, de acordo com a nota enviada à imprensa.
Santos é acusado ainda de mentir ou exagerar a realidade ao se apresentar como "um americano orgulhosamente judeu" - mesmo tendo crescido no seio de uma família católica - em busca do sonho americano, e inclusive como filho de sobreviventes do Holocausto que fugiram do horror nazista.
Diversas menções de sua biografia desapareceram após a publicação da matéria do jornal nova iorquino. Já não consta que ele se formou na faculdade Baruch College, que frequentou a Horace Mann School, uma famosa escola privada de ensino médio no Bronx, ou que trabalhou para os bancos Citigroup e Goldman Sachs, como havia alegado anteriormente.
Santos confessou que tinha mentido sobre seus estudos e experiência. Ele chegou a pedir desculpas por "embelezar" seu currículo.
Muitos legisladores democratas e republicanos em Nova York pediram a renúncia de Santos. Contudo, o deputado nascido em Nova York descarta categoricamente a ideia.
O republicano venceu seu adversário do Partido Democrata no terceiro distrito do estado de Nova York nas eleições 'midterms' de novembro de 2022.
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