DeSantis entra na disputa republicana pela Casa Branca

 JACKSONVILLE - O governador da Flórida, Ron DeSantis, confirmou nesta quarta-feira, 24, sua candidatura para as primárias republicanas para definir quem disputa as eleições presidenciais de 2024. O político protocolou a documentação necessária na comissão eleitoral federa no início do dia.

O lançamento oficial da campanha aconteceu horas depois no Twitter em uma transmissão marcada por incidentes técnicos.

DeSantis teve que aguardar 20 minutos até poder falar com o dono do Twitter, Elon Musk, através da plataforma Twitter Spaces. 

Os organizadores justificaram que o número de seguidores era tão grande que provocou o colapso do sistema.

Quando conseguiu falar, o governador citou sua preocupação com temas sensíveis para os americanos conservadores, como economia, imigrantes e ascensão do progressismo.

“Estou concorrendo à presidência dos Estados Unidos para liderar nosso grande renascimento americano”, disse.

“Sabemos que nosso país está indo na direção errada, vemos isso com nossos próprios olhos e sentimos em nosso íntimo. Nossa fronteira sul está em colapso, drogas estão entrando no país, nossas cidades estão sendo devastadas pelo aumento da criminalidade, o governo federal está tornando as coisas mais difíceis para as famílias sobreviverem e manter uma classe média”, completou.

DeSantis, 44 anos, é apontado como o principal concorrente do ex-presidente Donald Trump. 

Apesar de ter defendido publicamente o oponente em algumas situações, DeSantis vem atraindo os investidores do Partido Republicano. O eleitorado dos dois é considerado, praticamente o mesmo,  mas o governador é visto como mais "moderado" na política do que o magnata.

Na sua própria plataforma social, Truth Social, Trump descreveu a candidatura de DeSantis como um desastre.

Ultraconservador

Nos últimos meses DeSantis vem adotando medidas na Flórida ainda mais radicais do que o ex-presidente e aposta em políticas ultraconservadoras para temas como imigração, aborto e gênero. 

Durante o anúncio da candidatura, DeSantis, destacou o que ele considera "pontos positivos" de sua administração e que pretende expandir para todo o país.  Ele afirmou priorizar “fatos em vez de medo, educação em vez de doutrinação, a lei e a ordem em vez de tumulto e desordem”. Ele argumentou que manteve a coerência quando “a liberdade estava em jogo” e que a Flórida está prosperando como resultado.

Ele comparou seu governo com o do presidente democrata Joe Biden, que, segundo ele, “abraçou o autoritarismo médico, com passaportes sanitários inconstitucionais de vacinas da Covid-19”. De Santis apontou que essas “violações à liberdade nunca mais irão acontecer”.

DeSantis também falou sobre seus planos para reverter políticas de Biden que “prejudicam os trabalhadores americanos e a segurança nacional”. 

Ele prometeu fechar a fronteira sul, construir um muro e responsabilizar os cartéis de drogas.



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