Danilo Cavalcante entra para lista vermelha da Interpol

PHOENIXVILLE - Há 12 dias na caçada por Danilo Cavalcante na Pensilvânia, as autoridades triplicaram a recompensa pelo paradeiro do Brasil e inseriram o nome dele na lista vermelha da Interpol.

Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 11, o tenente-coronel da Polícia Estadual, George Bivens, voltou a pedir que as pessoas confiram as câmeras de segurança e entrem em contato caso avistem o assassino de Deborah Brandão. 

"Sejam vigilantes nas áreas que estamos procurando. Tranquem as portas de casa, guardem as chaves dos carros. E, se tiverem informações, entrem em contato com a gente", pediu. 

Cavalcante fugiu na manhã de 31 de agosto da cadeia do Condado de Chester, 15 dias após ter sido sentenciado à prisão perpétua por matar a ex-namorada com 38 facadas,  na frente dos filhos da vítima, em abril de 2021.

Ele seria transferido para um penitenciária estadual nos próximos dias.

A polícia acredita que ele ainda esteja na Pensilvânia porque não teria recursos para deixar a região, apesar de não ter sido visto desde o último sábado (9).

Para Bivens, Cavalcante pode estar "desesperado" após 12 dias de fuga. "Ele fugiu quando encontrou uma oportunidade. Mas as tentativas de contatar antigos colegas de trabalho mostram que ele não planejou o resto. Ele não tem o que precisa para aguentar muito tempo", disse.

O prêmio por pistas que levem ao foragido saltou de US$ 5 mil para US$ 25 mil.

Lista da Interpol

Nesta segunda-feira, o nome de Danilo Cavalcante foi incluído na lista vermelha da Interpol. A descrição diz que o brasileiro tem 1,52 metro de altura e pesa 54 quilos.

Ele também é foragido da Justiça do Tocantins pelo assassinato estudante Walter Junior a tiros em um trailer de lanches, em Figueirópolis, a cerca de 260 km de Palmas, no dia 5 de novembro de 2017. O crime teria sido motivado por uma dívida da vítima com Cavalcante, segundo a TV Globo.

Uma semana depois do crime, a Justiça acatou um pedido de prisão preventiva contra Danilo feito pelo MP (Ministério Público), fazendo com que ele fosse considerado foragido.

Em janeiro de 2018, Danilo fugiu para os Estados Unidos, onde entrou com documentos falsos comprados em Porto Rico. 

Mesmo com a ordem de prisão decretada, ele conseguiu sair do Brasil porque, quando embarcou no aeroporto de Brasília, a informação ainda não havia sido registrada o mandado de prisão no banco nacional.

Com isso, a determinação seguia restrita ao âmbito estadual. O registro nacional só foi realizado em junho de 2018, sete meses depois do crime, informou uma reportagem do Fantástico.