Brasileira é presa em caso de duplo homicídio na Virgínia

HATTONTOWN - A babá brasileira Juliana Peres Magalhães, de 23 anos,  está presa, sem direito à fiança, após uma investigação apontá-la como a assassina de um homem em caso de homicídio duplo há sete meses.

Ela foi detida na sexta-feira, 20,  no local do crime, a casa em que trabalhava, em Hattontown, na Virgínia.

Juliana, que está há dois anos nos Estados Unidos através do programa Au Pair,  foi indiciada por atirar e matar Joseph Ryan, 39 anos, mas não responde pelo assassinato da patroa, Christine Banfield, 37,  que também foi encontrada ferida no local. A vítima foi "brutalmente esfaqueada em sua cama" e chegou a ser socorrida, mas teve a morte decretada no hospital, descreve o Boletim de Ocorrência.

Segundo o inquérito, Juliana ligou para a polícia pouco antes das 7h50 no dia 24 de fevereiro e desligou rapidamente. Três minutos depois, a babá voltou a ligar e disse que "seu amigo foi ferido". 

Em tempo: Na ligação, a brasileira diz “a friend” o que não permite identificar o gênero.

O dono da casa, Brendan Robert Banfield, pegou o telefone e relatou que havia atirado contra um homem que invadiu sua casa e esfaqueou sua mulher. A perícia não encontrou sinais de arrombamento.

A filha do casal, de 4 anos, estava em casa no momento do assassinato. 

Em comunicado, as autoridades do Condado de Fairfax afirmam que  evidências forenses e vários depoimentos determinam que Juliana "atirou em Joseph Ryan".

"Os detetives continuam a conduzir entrevistas e revisar evidências digitais e forenses para determinar as circunstâncias que levaram ao esfaqueamento fatal de Christine Banfield", garantem os investigadores. 

“A ligação que conseguimos localizar através da investigação é que Joseph Ryan  era conhecido de  Christine Banfield”, acrescentam.

Versão de Juliana

À polícia, Juliana disse que ela e Brendan Banfield não estavam em casa quando Christine foi esfaqueada. 

A babá contou que ao chegar em casa viu um carro que não reconheceu e ligou para a patroa que acreditava estar no local sozinha. Como Christine não atendeu, ligou para Brendan que voltou para a residência imediatamente. 

Em depoimento, Juliana descreve que foi até o quarto, onde Christine ferida e Ryan com uma faca na mão. Neste momento, o patrão chegou e atirou no homem. 

Não há informação se Brendan Banfield vai ser indiciado por mentir para a polícia ao assumir a autoria do tiro na época ou por qualquer outro crime. 

Reportagens de jornais americanos afirmam que ele é agente do IRS (Receita Federal americana) e se recusou a dar depoimento. 

Affair

Na internet, pessoas especulam se Juliana e o patrão vivem um affair. Imagens que seriam da conta da brasileira no Instagram mostram ela e Banfield em diversos momentos juntos.

A defesa de Juliana não respondeu ao pedido de contato da Manchete USA até a publicação dessa matéria.

Família no Brasil

A mãe de Juliana, Marina Peres Souza, que mora no interior de São Paulo, afirmou à imprensa brasileira que a filha é inocente e "agiu por legítima defesa e para defender a família para a qual trabalhava". 

A babá disse à família que a investigação havia sido encerrada e que a polícia havia concluído que Joseph Ryan havia matado Christine. A informação não foi confirmada pelas autoridades da Virgínia. 

De acordo com Marina, a filha queria voltar para o Brasil, mas estava em processo de renovação do visto, expirado há 15 dias. 




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