Karol Eller morre aos 36 anos em São Paulo
BOSTON - A influenciadora digital, Karol Eller, presença marcante na comunidade brasileira nos Estados Unidos por mais de uma década, morreu, aos 36 anos, na noite da quinta-feira, 12, em São Paulo. A informação foi anunciada em seu perfil nas redes sociais e confirmada por amigos.
Em vídeo, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) contou que tentou falar com a amiga após ver uma postagem no Instagram onde ela dizia que havia "perdido a guerra" e anunciava o suicídio.
Ferreira lembrou que a ativista travava uma luta contra depressão. Segundo o parlamentar, Karol já havia pensado em se matar, mas abandonou a ideia porque estava mais próxima de Cristo.
Em setembro, a influenciadora afirmou publicamente que “se converteu” após participar do retiro de uma igreja. Ela disse que abria “mão dos desejos da carne" e renunciava à "prática homossexual".
Nos últimos meses, Karol apareceu nas redes sociais diversas vezes para falar que enfrentava uma depressão profunda.
Na noite de ontem, a publicação da influenciadora indicava ao Corpo de Bombeiros o endereço de sua residência e que cometeria suicídio.
"Corpo de Bombeiro, São Paulo: suicídio. Me perdoem [sic] por causar esta dor aos que me amam". Posteriormente, o story foi excluído.
Trajetória
Atualmente, Karol trabalhava como assessora do deputado estadual Paulo Mansur (PL). Por nota, o parlamentar paulista lamentou a morte da jovem.
Em janeiro, ela foi exonerada pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), após participar dos atos de 8 de janeiro que culminaram na invasão dos Três Poderes em Brasília. Em vídeo em sua rede social na época, a influenciadora mostrava que estava deixando a manifestação por não concordar com o viés violento.
Karol assumiu o cargo na EBC em 2019 por indicação do então presidente Jair Bolsonaro, logo após retornar ao Brasil dos EUA, onde morou por 13 anos.
A ativista ganhou notoridade nacional por ser lésbica e defender bandeiras conservadoras. A ativista concordava que "a homossexualidade é pecado" e afirmava que “a família Bolsonaro não é homofóbica”.
Imigrante nos EUA
A mineira, de Belo Horizonte, começou a vida pública ainda como imigrante em Massachusetts. Em 2015, Karol iniciou o seu canal de Youtube, onde contava a rotina do estrangeiro nos EUA de acordo com seu ponto de vista.
Ainda em terras americanas, ela já mostrava sua posição de direita como simpatizante de Donald Trump e cabo eleitoral de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018.
Ela também foi produtora de eventos na Flórida e Califórnia.
Em 2021, Karol abriu um processo contra o pai, Jackson Eller, a quem acusava de ter abusado dela sexualmente desde os 7 anos. Jackson mora em Massachusetts.
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