Polícia prende venezuelano acusado de atirar em brasileira na Times Square
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| Polícia isolou ruas após tiroteio (Foto: Rep NYP) |
O adolescente foi detido em uma casa residencial que a polícia acredita estar ligada a um membro da família em Yonkers. A prisão aconteceu quase 24 horas após o tiroteio que começou em uma loja de artigos esportivos e se espalhou pelas movimentadas ruas de Midtown Manhattan.
Numa coletiva de imprensa anunciando a detenção na noite da sexta-feira, 9, o comissário da polícia de Nova York, Edward Caban, disse que foi um “verdadeiro milagre” ninguém ter ficado gravemente ferido no tiroteio.
“No meio da parte mais movimentada desta cidade, um criminoso com uma arma de fogo decidiu puxar o gatilho”, disse Caban.
Horas antes, a polícia identificou o suspeito como residente de um abrigo para imigrantes em Manhattan. Ele teria chegado a Nova York vindo da Venezuela em setembro. Ele também é considerado suspeito de um assalto à mão armada no Bronx e de um tiroteio separado na Times Square no mês passado, disse a polícia.
Segundo o boletim de ocorrência ao qual a MANCHETE USA teve acesso, o atirador, todo vestido de branco, e dois colegas adolescentes estavam roubando uma jaqueta da loja pouco depois das 7 horas da noite quando foram confrontados por um segurança que pediu para ver um recibo.
Quando o trio não conseguiu mostrar a nota referente a uma compra, o guarda retirou a mercadoria. Foi quando o adolescente supostamente sacou uma arma calibre .45 e atirou. A bala não atingiu o segurança, mas feriu a brasileira que estava na fila para comprar um par de tênis.
O atirador e um dos outros adolescentes que estavam com ele fugiram pelas ruas movimentadas de Manhattan. A quatro quarteirões de distância, na 47th Street – perto de uma praça triangular para pedestres na Times Square, onde os visitantes fazem fila para comprar ingressos da Broadway e tirar selfies com os icônicos outdoors da área – dois policiais rapidamente avistaram a dupla e levaram a segunda pessoa sob custódia.
O atirador fugiu em direção à 6ª Avenida com um dos policiais o perseguindo, a certa altura cortando entre os prédios. Lá, ele se virou e atirou no oficial.
“Nosso agente saca sua arma. Ele não pode atirar”, disse o chefe da patrulha do NYPD, John Chell, em entrevista coletiva na noite de quinta-feira. “Muitas pessoas ao redor, há muitas pessoas se esquivando.”
Em entrevista à NBC, Tatiele Ribeiro Lemos relembrou o “momento assustador” em que percebeu que havia levado um tiro.
“Comecei a me examinar, olhei para minha perna e vi sangue escorrendo, mas consegui manter a calma”, disse ela. “Acredito que este foi apenas um incidente infeliz, poderia ter acontecido em qualquer lugar do mundo.”
Ela recebeu 13 pontos pelo ferimento em um hospital local, de acordo com a reportagem da NBC.
Vale destacar que as taxas de criminalidade caíram na cidade de Nova York desde um pico no auge da pandemia da COVID-19. O número de pessoas baleadas na cidade caiu 39% de 2022 para 2023.
Outrora um dos lugares mais sórdidos da cidade, sinônimo de teatros pornográficos e trabalho sexual, a Times Square passou por uma revitalização na década de 1990 que a transformou num dos destinos mais familiares de Nova York. Na maioria das noites, fica lotado de turistas e artistas de rua, embora ainda atraia batedores de carteira e traficantes que se aproveitam da inocência de turistas.
Chell disse que a Times Square permanece segura para os visitantes.
“Dê uma olhada ao seu redor, milhares de pessoas fazendo compras e andando por aí”, disse ele. “Ainda somos a cidade mais segura do mundo.”
Com informações da AP
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