Flórida proíbe regras para proteger trabalhador do calor extremo
TALLAHASSE – O governador da Flórida, Ron De Santis, assinou uma lei na sexta-feira, 12, que dispensa a exigência para que empregadores forneçam água, descanso e sombra durante serviços ao ar livre. Opositores da medida afirmam que a nova lei "pode matar" trabalhadores, principalmente os da construção civil e da agricultura que somam mais de 2 milhões no Estado.
A legislação proíbe cidades e condados
de seguirem as suas próprias regras e anula a proposta de Miami-Dade, onde um trabalhador morreu em julho por conta do calor extremo, para implementar um programa de segurança
térmica.
Os republicanos da Flórida afirmam
que a lei evita uma “colcha de retalhos” de regulamentações locais, função que deve ser exercida pela Administração Federal de
Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA).
Mas a agência federal não tem uma
regra de segurança específica para o calor e poucas jurisdições em todo os Estados Unidos têm leis em vigor que
exigem que os empregadores forneçam formação sobre o assunto.
Apenas três estados - Califórnia, Oregon e Washington - exigem pausas
para trabalhadores ao ar livre se protegerem das temperaturas altas.
Enquanto que Minnesota adota padrões de aquecimento
para trabalhadores internos e Colorado segue parâmetros específicos para
agricultores.
“O superaquecimento é um dos
perigos mais comuns e mais sérios no local de trabalho”, ressalta a deputada Alma
Adams, democrata da Carolina do Norte, que assina um projeto de lei para que a
OSHA regule a exposição ao calor.
Segundo as estimativas do governo
federal, mais de 430 mil trabalhadores morreram devido a temperaturas extremas no país desde 2011.
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