Trabalhadores saem às ruas hoje para reivindicar direitos nos EUA

 BOSTON - Ainda que o Dia do Trabalhador não seja celebrado oficialmente nos Estados Unidos nessa quarta-feira,  1º , milhares de pessoas devem tomar as ruas do país hoje para reivindicar melhores condições no trabalho. O movimento é liderado por sindicados e organizações pró-imigrantes. 

Em Massachusetts, a marcha da May 1st Coalition, que exite desde 2005, parte de East Boston às 16 horas em direção ao Glendale Park, em Everett. Durante o trajeto e no encerramento representantes dos trabalhadores vão pontuar as necessidades e os avanços da classe operária, inclusive para imigrantes indocumentados. 

Imigrantes vão às ruas no Dia do Trabalho nos EUA

Em entrevista ao programa Bye-Bye Juízo, da Rádio Manchete USA, de ontem a presidente do Grupo Mulher Brazileira, Heloísa Galvão, convidou os brasileiros a se juntar ao manifesto. "É importante participar. Se você não pode ficar o tempo todo, faça um pequeno trajeto conosco ou nos encontre em Everett". 

Indústria Hoteleira

Esse ano, os trabalhadores hoteleiros devem se destacar nas manifestações. Eles saem às ruas em 18 cidades americanas - incluindo Boston, Nova York, Baltimore, Miami e São Francisco - para exigir aumentos salariais significativos antes das negociações contratuais com grandes cadeias.

As negociações com os operadores hoteleiros Marriott International, Hilton Worldwide e Hyatt Hotels abrangerão cerca de 40 mil funcionários que procuram novos contratos pela primeira vez desde a pandemia.

Os trabalhadores buscam reverter os cortes de pessoal e de serviços além de duplicar os aumentos salariais que os trabalhadores organizados em todo o país têm vencido nos últimos anos. Eles argumentam que a receita hoteleira nos EUA por quarto disponível em 2023 aumentou 5%, para 100 dólares em relação ao ano anterior e foi a mais elevada já registada.

História

O Dia do Trabalho começou a ser comemorado nos EUA no dia 5 de setembro de 1882, quando os trabalhadores de Nova York se reuniram em uma parada, com direito a desfile portando estandartes e instrumentos musicais. O objetivo era demonstrar a força e prosperidade da classe.

Só que a expansão da celebração pelo mundo teve como origem os protestos em Chicago, Illinois. Em 1º de maio de 1886, os trabalhadores tomaram as ruas, junto da Federação Americana do Trabalho - a maior central operária do país - e iniciaram um protesto que levaria dias.

Os trabalhadores, que tinham uma jornada de até 13 horas diárias por seis dias na semana, reivindicavam uma redução para oito horas, além de melhores condições nas indústrias.

Na noite de 4 de maio as tensões aumentaram e começou um confronto com a polícia, causando a morte de 11 pessoas e dezenas de feridos.


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