Flórida sanciona lei para troca de guarda de menor após brasileiro ser acusado de assassinato
TALLAHASSEE - A partir do dia 1 de julho uma lei na Flórida vai reforçar a segurança nos casos de guarda compartilhada, uma iniciativa movida pela suspeita de assassinato de uma mulher por um brasileiro.
O texto HB 385 assinado pelo governador Ron DeSantis no último dia 5 concede aos tribunais o poder de exigir a "troca segura" de custódia sempre que houver "um risco ou ameaça iminente de dano a qualquer uma das partes ou à criança".
O repasse da guarda deve acontecer nos estacionamentos de delegacias e terão que cumprir requisitos rigorosos de segurança, incluindo vigilância contínua por vídeo, iluminação adequada se sinalização roxa para indicar a zona de "troca segura neutra".
A legislação leva o nome de Cassi Carli, a mulher que foi encontrada morta no Alabama após desaparecer ao ir buscar a filha que estava com o pai, o brasileiro Marcus Spanevelo, em Navarre Beach, na Flórida.
Entenda o crime
Segundo a acusação, em 27 de março de 2022, Carli foi se encontrar com Spanevelo que estava com a filha de 4 anos no estacionamento de um restaurante em Navarre Beach.
No dia seguinte, a família da vítima relatou o desaparecimento à polícia que localizou o carro de Carli, com a bolsa e todos os pertences, exceto o celular, atrás do restaurante.
Spanevelo foi detido no dia 2 de abril para prestar depoimento e não admitiu o crime. Um dia depois, as autoridades encontraram o corpo de Carli em uma cova rasa em uma propriedade no Alabama cujo endereço tem ligações com Spanevelo.
O brasileiro foi preso naquele Estado e segue no Instituto Correcional Federal, em Talladega, onde aguarda o julgamento que estava marcado para o início desse ano, mas foi adiado para setembro.
O relatório final da autópsia de Carli classificou a causa e a forma de morte como indeterminadas.
Mesmo assim, as acusações federais de sequestro e homicídio podem resultar em prisão perpétua ou sentença de morte para Spanevelo.
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