Marido de cantora gospel é solto por falta de provas; advogados vão recorrer

ORLANDO - Marcus Grubert, marido da cantora gospel Heloísa Rosa, foi solto no início da semana por falta de provas após ficar preso por mais de um mês acusado de abuso sexual de uma menina de 5 anos na Flórida. O Ministério Público acredita não haver evidências suficientes para dar seguimento ao processo. 

Marcus Grubert é solto por falta de provas
Marcus passou seis semanas detido

A decisão do promotor Trevor Persenaire também derruba as medidas protetivas que proibiam  Grubert de entrar em contato com a vítima e com as testemunhas.

A família da criança e a Hope and Justice Foundation contrataram os advogados Thomas Fighter e Simone Freitas que vão pedir a reabertura do caso.

Simone Freitas disse que a Promotoria do Condado de Osceola alega que foi feita uma investigação profunda antes de desistir do processo. "Mas nós não acreditamos nisso. Já pedimos acesso a todos os arquivos e provas para ver exatamente o que eles têm e vamos apresentar novas evidências." 

Leia também: Marido da cantora gospel Heloísa Rosa é preso por abuso sexual contra criança em Orlando

O crime teria ocorrido em abril do ano passado em uma festa do pijama na casa de Grubert em Orlando. A vítima era amiga dos filhos do suspeito e  filha da ex-assessora de Heloísa Rosa.

Detalhes do crime

Anexo ao processo está o depoimento da vítima, atualmente com seis anos, que contou com detalhes como foi a violência durante as sessões de terapia. 

Em declaração juramentada, a detetive Elizabeth Acevedo afirma que, segundo a criança, o homem introduziu o pênis em sua boca e pediu que a menina fingisse ser uma “chupeta”. 

A menor afirma que estava dormindo na parte de baixo do beliche, enquanto sua amiga, filha de Grubert, estava na parte de cima. Ela descreve que acordou com Grubert a lambendo e que ele estava usando apenas roupas íntimas.

Posteriormente, o homem teria tapado os olhos dela com as mãos e colocado o órgão genital em sua boca “várias vezes”. Para as autoridades, a menina ainda descreveu os movimentos que o abusador teria feito.

O relatório da detetive ressalta  que "o homem afirmou à vítima ‘não fale nada para sua mãe porque ela vai me matar’. A menor, então, saiu correndo do quarto e foi buscar ajuda da mãe da amiga [esposa de Grubert] que estava na casa. Foram observados hematomas no lábio superior da vítima; e ela chorava toda vez que contava sobre o incidente". 

A blusa vermelha que a vítima trajava na noite em questão foi submetida à perícia e o DNA de Grubert foi coletado para comparação. O laudo confirmou a compatibilidade entre as duas amostras.

Com base nas observações feitas pela terapeuta, Elizabeth Acevedo indica que a menor foi tomada por um sentimento de culpa e expressava preocupação com a possibilidade de Grubert ser preso.

"A vítima descreveu as emoções boas e ruins em cada incidente e verbalizou seu desconforto com as lembranças desagradáveis e que não queria que o suspeito fosse afetado porque gostava dele […] A vítima estava preocupada com o fato de o suspeito ir para a prisão por causa do que fez e ficar longe dos filhos. Ela ficou desregulada, cautelosa e chorosa enquanto processava a experiência de abuso sexual com ele", revelam as notas da terapia. 

Mais provas

Entre as evidências, a família da vítima apresentou gravações telefônicas da mãe da menina com Heloísa Rosa e a pastora da igreja Alcance da qual todos eles fazem parte. 

Em um dos áudios, a pastora afirma que foi dito a Grubert que ele precisava buscar ajuda especializada para o que ele fez. "Nós não somos psicólogos nem psiquiatras. Estamos aqui para ajudar com a parte espiritual." 


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