EUA relatam primeiro caso de gripe aviária sem contato direto com animais
ATLANTA - Autoridades dos Estados Unidos anunciaram na sexta-feira, 6, o primeiro caso de gripe aviária (H5N1) no país sem exposição direta a animais infectados. O diagnóstico foi feito em um paciente adulto no Missouri que já tinha outros problemas de saúde.
O paciente foi hospitalizado, recebeu tratamento com antivirais e se recuperou, informaram o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA e o Departamento de Saúde e Serviços para Idosos do Missouri.
Os EUA contabilizam 14 casos de gripe aviária desde 2022, mas este foi o primeiro em que o paciente não teve contato com animais. Os diagnósticos anteriores no país foram identificados entre trabalhadores do setor agrícola.
O vírus H5 é mais comum em aves selvagens e domésticas. Porém, recentemente, foi detectado em mamíferos, com um surto em bovinos nos EUA este ano. Ocasionalmente, pode infectar humanos por meio de contato próximo ou ambientes contaminados.
Embora o CDC considere que o risco para a população permaneça baixo, "as circunstâncias podem mudar rapidamente à medida que mais informações estiverem disponíveis". Até o momento, não há evidências de transmissão do H5 de pessoa para pessoa.
Por outro lado, os especialistas temem que a alta circulação possa facilitar uma mutação do vírus, permitindo que ele passe de um ser humano para outro.
De acordo com o Departamento de Saúde, as consequências da gripe aviária podem variar desde uma leve infecção respiratória até a rápida progressão para pneumonia grave, desconforto respiratório e, em alguns casos, óbito.
Os sintomas iniciais mais comuns incluem febre alta (acima de 38°C) e tosse, seguidos por dispneia ou dificuldade respiratória. Dor de garganta e coriza são raros.
Por outro lado, sintomas gastrointestinais, como náusea, vômito e diarreia têm sido observados com maior frequência em infecções causadas por esse subtipo de influenza.
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