Esteticista brasileira é indiciada por importação e venda de medicamento falso

STOUGTHON - Horas depois de ser presa, a brasileira Rebecca Fadanelli foi indiciada na tarde desta sexta-feira, 1,  na Corte Federal de Worcester por importação ilegal, distribuição e venda de medicamentos e dispositivos falsos.  A esteticista de 38 anos vai responder o processo em liberdade após pagar a fiança de US$ 10 mil e se comprometer a "não contratar uma enfermeira, não injetar e nem vender ilegalmente medicamentos falsificados".

Segundo a Procuradoria Geral de Massachussetts,  a dona do Skin Beaute Med Spa, em Easton e Randolph,  comprava os produtos falsos da China e do Brasil desde 2021. Nesse período,  milhares de pessoas foram submetidas aos procedimentos com Botox, Sculptra e Juvederm falsos, rendendo mais de US$ 900 mil para a Rebbeca. 

O processo indica que a brasileira afirmava aos funcionários e pacientes que era enfermeira. Ela comprava frascos de Botox do site Alibaba por US$ 50, preço muito abaixo do mercado que gira em torno de US$ 650. 

A investigação da FDA (sigla para a Agência Reguladora de Alimentos e Medicamentos do país) começou após uma cliente em setembro de 2022. A pessoa contou que fez um “preenchimento labial” com Rebecca no spa de Randolph. 

A cliente disse que a brasileira usou a mesma seringa para injetar uma substância desconhecida em seus lábios e entre as sobrancelhas, provocando inchaços e formigamento. 

A vítima alega que solicitou a prescrição da substância administrada, mas nunca lhe foi fornecida.

Mesmo antes da denúncia na FDA, Rebbeca já estava sendo investigada pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos. A Polícia de Fronteira (CBP) apreendeu pacotes enviados para a suspeita do exterior que continham medicamentos ilegais.

Rebecca também foi flagrada no aeroporto internacional do Logan, em Boston,  voltando do Brasil com injetáveis ​​ilegais e quando os agentes revistaram os spas em Randolph e South Easton encontraram cosméticos falsos.

A brasileira admitiu a compra dos medicamentos ​​de um fornecedor chinês através do Alibaba e afirmou desconhecer se eles eram aprovados pela FDA.

O Procurador federal Josua Levy enfatiza que Rebecca "colocou pacientes inocentes em risco por anos ao se apresentar como enfermeira e administrar milhares de injeções ilegais e falsificadas". Levy observa que o engano alegado por Rebecca “é ilegal, imprudente e potencialmente fatal.” 

Pela acusação de importação de mercadorias ilegais, a brasileira pode pegar até 20 anos de prisão além de pagar multa de US$ 250 mil. 

Já para cada uma das denúncias de venda ou distribuição intencional de medicamento ou dispositivo falsificado  a sentença prevista é de até dez anos de prisão e multa de US$ 250 mil. 


SERVIÇO: As pessoas que acreditam te recebido um medicamento falsificado nos spas deve preencher um questionário no site da FDA.


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