EUA ampliam acesso a novo tratamento contra Alzheimer

 WASHINGTON - Autoridades sanitárias dos Estados Unidos autorizaram integralmente um novo medicamento contra o Alzheimer, o que tornará o tratamento mais acessível por meio do sistema de cobertura de saúde federal (Medicare).

O Leqembi, destinado a reduzir o declínio cognitivo, está liberado para pacientes que ainda não atingiram um estágio avançado da doença. 

A droga recebeu o aval da agência americana de medicamentos (FDA) por meio de um processo acelerado. A análise de estudos adicionais permitiu, agora, a autorização total do medicamento, explicou a FDA em comunicado.

Administrado por via intravenosa, o tratamento foi desenvolvido pela farmacêutica japonesa Eisai, em conjunto com a americana Biogen. Seu preço foi fixado em US$26.500 dólares ao ano por paciente.

O Medicare, destinado a pessoas com mais de 65 anos, só cobria o custo do medicamento se o mesmo fosse administrado em testes clínicos, limitando o acesso. Com a autorização total da FDA, ele passará a ser "amplamente coberto", segundo Chiquita Brooks-LaSure, diretora da agência que administra o Medicare.

"Esta é uma grande notícia para milhões de pessoas em todo o país que vivem com essa doença debilitante e suas famílias", comemorou Chiquita. Vinte por cento do custo do medicamento, no entanto, terá que ser pago pelos pacientes, informa a FDA.

O Leqembi foi o primeiro tratamento a mostrar claramente uma redução do declínio cognitivo (de 27%) em um teste clínico. Sem curar o paciente, ele pode ajudar a atrasar a progressão da doença.

"As pessoas com a doença merecem ter a oportunidade de discutir e decidir, com seu médico e sua família, se o tratamento é adequado para elas", disse a presidente da associação de pacientes Alzheimer Association, Joanne Pike.

Outro tratamento contra o Alzheimer desenvolvido pela Esai e Biogen, o Aduhelm, foi o primeiro a ser aprovado pela FDA sob um processo acelerado, mas esta decisão foi criticada por especialistas, devido à falta de provas sobre a sua eficácia.

O grupo farmacêutico americano Eli Lilly também desenvolve um tratamento contra o Alzheimer que atua nas placas amiloides, que mostrou uma redução do declínio cognitivo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Justiça de SP pede urgência para deportação da cantora Reisla da Vitória presa em Massachusetts

Brasileira é presa em caso de duplo homicídio na Virgínia

Estelionatário brasileiro é preso após assalto a banco em Orlando