Coiote brasileiro é condenado por tráfico humano em Connecticut

 HARTFORD - O brasileiro Fagner Chaves de Lima foi condenado nesta terça-feira, 15, a três anos e cinco meses de prisão por tráfico humano. O "coiote" de 42 anos assumiu ter trazido imigrantes do Brasil para os Estados Unidos de forma ilegal, atividade que rendeu "pagamentos de milhares de dólares" ao criminoso.

A juíza Margaret Guzman, do Tribunal Distrital de Connecticut, ordenou ainda que o mineiro de Tarumirim, cumpra mais três anos de liberdade condicional ao fim do regime fechado. Mas especialistas alertam que ele deve ser deportado logo após deixar a cadeia. 

"Muitos são deportados sem cumprir a condicional e ficam devendo para a Justiça. Se forem pegos novamente, podem ser sentenciados a cumprir a condicional na prisão", observa o advogado Danilo Brack. "A condicional é parte da sentença. Se violar, pode torná-la em detenção", acrescenta.

Crime

O brasileiro que morava em East Hartford, Connecticut, está preso desde 30 de junho de 2022. Ele foi pego em flagrante quando negociava em Worcester, no Estado vizinho de Massachusetts, com um agente disfarçado do FBI (Polícia Federal dos EUA) a suposta vinda ilegal de familiares do Brasil. 

Segundo a acusação, ele era responsável por organizar a viagem para que imigrantes entrassem ilegalmente no país de avião ou ônibus, inclusive providenciava acomodações para as vítimas durante o trajeto.

As investigações apontaram ainda que Lima extorquia as vítimas a caminho dos EUA, ameaçando de prejudicar a elas  e seus parentes caso não pagassem dinheiro adicional.

Em abril deste ano, o mineiro se declarou culpado das acusações.

Leia mais em: Brasileiro de Connecticut se declara culpado de tráfico humano para os EUA

Provas

Os investigadores coletaram provas contra Lima por meio do agente disfarçado.

O FBI registrou as conversas pelo WhatsApp. Em uma delas,  o policial ofereceu o pagamento de US$ 15 mil pelos serviços de Lima, os valores seriam gastos para trazer a irmã e a sobrinha do "cliente". 

Durante as trocas de mensagens, Lima afirmou que estava envolvido com o tráfico de pessoas "há 20 anos" e conseguia colocar dentro do território americano pessoas "com visto, sem visto, ou se . . . [eles] são procurados pela polícia".  

Lima foi preso no momento em que ia receber pelo serviço. 


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