Caçada a atirador do Maine entra no segundo dia

LEWISTON - A caçada por Robert Card, 40 anos, suspeito pelo massacre que matou 18 pessoas e deixou outras 13 feridas no Maine entra nesta sexta-feira, 27, no segundo dia e mobiliza forças policiais dos Estados vizinhos e o FBI, a Polícia Federal dos Estados Unidos.

As autoridades executam vários mandados de busca em Bowdoin, a pequena cidade onde o suspeito tem parentes e é vizinha a Lewiston, palco do massacre.

O carro usado pelo atirador, um Subaru branco, foi encontrado no porto de Pejepscot, cerca de 8 milhas do local do crime.

A busca pelo suspeito forçou milhares de pessoas ao confinamento em Lewiston, e em todas as cidades do entorno em um raio de até 80 quilômetros. 

Escolas e comércios estão fechados e os moradores foram orientados a permanecer dentro de casa enquanto a polícia persegue o suspeito, considerado altamente perigoso e fortemente armado.

Em nota nas redes sociais, o Consulado Geral do Brasil em Boston, responsável pela jurisdição de Maine, recomenda aos brasileiros do Estado "e regiões adjacentes à cidade de Lewiston extrema cautela em razão de suspeito foragido" e se coloca à disposição para ajudar os nacionais. 

Massacre

Na noite de quarta-feira, 25, Card  abriu fogo primeiro em uma pista de boliche onde ocorria um torneio infantil, depois em um bar. Pelo menos 18 pessoas morreram e outras 13 ficaram feridas. 

Segundo as autoridades, o assassino é um instrutor de tiro que estava na Reserva do Exército e havia passado por uma instalação de treinamento no Maine.

O ataque em Maine foi o 36º assassinato em massa nos Estados Unidos só este ano, de acordo com o banco de dados da Associated Press e do USA Today em parceria com a Northeastern University, em Massachusetts.

Política de armas

Maine não exige licença para porte de armas, que são associadas a tradição local de caça e tiro esportivo. Em 2019, os legisladores chegaram a aprovar uma lei que torna obrigatória a exigência de uma avaliação médica de pessoas consideradas perigosas antes da retirada de armas.

Agora, enquanto a polícia continua em busca do atirador, a discussão sobre a política de armas volta à tona. O deputado federal Jared Golden, democrata de Maine, voltou atrás na sua posição de longa data e passou a defender a proibição das armas de assalto depois do ataque.

Ele, que é um veterano do Corpo de Fuzileiros Navais, chegou a romper com o partido nas votações sobre o tema. No ano passado, ele foi um dos cinco democratas que votaram contra a tentativa de reviver uma antiga lei para proibir armas de assalto, esforço de foi barrado no Senado.

"Chegou a hora de assumir a responsabilidade por este fracasso", disse Golden ao pedir "perdão" para a população de Lewiston e familiares das vítimas. Esse, no entanto, continua sendo um tema que divide os Estados Unidos, como foi visto na entrevista coletiva dos legisladores depois do massacre. 

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