Suzan é enterrada em Minas Gerais e suspeito de assassinato é libertado sob fiança no Michigan

DEARBORN - Enquanto a brasileira Suzan Christian Barbosa Ferreira, encontrada mutilada e nua em uma estrada rural no Michigan no fim de junho, era enterrada em sua cidade natal em Minas Gerais, nessa terça-feira, 27, o suspeito de cometer o crime já gozava da liberdade após pagar a fiança de US$ 2 milhões. 

Farreed Hajjar, 57 anos, estava preso desde o dia 9 de julho sob a acusação de esquartejar e ocultar o corpo de Suzan. Durante o processo, ele vai ser monitorado por uma tornozeleira eletrônica. 

O advogado de defesa,  Mark Kriger, admitiu que duas mulheres acompanhavam Hajjar em sua casa em Dearborn na noite de 22 de junho ao citar a conversa da polícia com uma delas. A segunda seria Suzan, de 42 anos.

A testemunha disse que elas haviam sido convidadas pelo suspeito e os três estavam bebendo até que Suzan e Hajjar foram para outro cômodo para consumir cocaína. Ela decidiu de ir embora porque não usa drogas. 

“(Ela) poderia ter tido uma overdose,  um ataque cardíaco, e assim por diante”, disse Kriger na audiência do dia 25 de julho. 

Em tempo: Os resultados preliminares da autópsia apontam que a morte de Suzan tem indícios de homicídio, mas a causa ainda não foi determinada.

Evidências

Suzan, mãe de uma menina de 15 anos e um menino de 5,  foi vista entrando na casa de Hajjar na noite de 22 junho com uma mala. A bagagem não foi localizada. 

As imagens das câmeras de segurança mostram as luzes do carro de Hajjar acendendo na manhã seguinte, mas ele só saiu de casa mais tarde. 

Os dados telefônicos do suspeito também o colocam na cena do crime. O corpo de Suzan foi encontrado mutilado e nu no dia 30 de junho em uma estrada rural em Northfield Township, a poucos quilômetros de Dearborn. 

Desaparecimento

No dia 1° de  junho, Suzan  viajou sozinha para Miami, na Flórida, em busca de fornecedores para os negócios da família na cidade mineira de Pedro Leopoldo. Ela trabalhava há seis meses como funcionária da irmã Roberta Barbosa Ferreira e do cunhado em uma loja de produtos importados.

Roberta diz que o último contato com Suzan foi  no dia 22 de junho. Ela "estava muito alegre, embora cansada" e iria tomar um banho para descansar no hotel. Na ocasião, Suzan ainda conversou com a mãe Irene Maria Barbosa e a filha adolescente. 

No dia seguinte, uma amiga da vítima contou que ela foi para Detroit, a mais de mil milhas de Miami. Sete dias depois, o corpo da mineira foi encontrado. 

A identidade da vítima só foi descoberta após uma notícia na imprensa local chamar a atenção da família de Suzan.

O cunhado da mulher entrou em contato no dia 2 de julho com o detetive mencionado na reportagem sobre o corpo de uma mulher econtrado em uma estrada rural do Michigan. Na manhã seguinte, o investigador retornou e pediu um raio-x da arcada dentária da vítima. O exame comparativo confirmou a identidade de Suzan. 

Para o translado do corpo, a família da mineira arrecadou R$ 54.794,08, o que levou quase dois meses. 


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