Brasileira confessa envolvimento em duplo assassinato na Virgínia

Juliana Magalhães Peres fez acordo com promotoria para reduzir pena
Juliana está presa há um ano na Virgínia
HERNDON  - Após um ano presa, a brasileira Juliana Peres Magalhães, de 24 anos,  confessou na terça-feira, 29, a participação no homicídio duplo na Virgínia no início do ano passado, uma estratégia que pode livrá-la da cadeia. O crime foi arquitetado por Brendan Banfield,  marido de uma das vítimas, para assumir o relacionamento com a ré. 

Juliana foi detida em 20 de outubro de 2023, sete meses após o assassinato,  e indiciada por matar Joseph Ryan, 39 anos, mas não responde pelo assassinato da patroa, Christine Banfield, 37. 

O amante de 39 anos só foi preso no mês passado por duplo assassinato. Ele é acusado de esfaquear a própria mulher a atirar contra Ryan. 

Depois do crime, Banfield e Juliana estavam morando juntos na mesma casa onde ocorreu o crime. A polícia encontrou inclusive retratos do novo casal na residência de Herndon. 

Juliana foi contratada através do programa Au Pair para cuidar da filha de 4 anos da família no fim de 2021. A paulista e Brendan começaram a ter um caso no ano seguinte. 

Juliana compartilhava fotos com Banfield nas redes sociais
Polícia encontrou fotos do novo casal após crime

A babá se declarou culpada apenas pela morte de Ryan, mas confessou ter participado do plano que resultou nos dois assassinatos. Ela afirmou em depoimento à Corte que não queria continuar no esquema, mas foi convencida pelo amante de que "era tarde demais para desistir". 

A colaboração de Juliana deve livrá-la da pena de 40 anos de prisão. Durante a audiência de ontem, os promotores concordaram que ela seja condenada ao regime fechado pelo tempo equivalente ao que já esteve reclusa. Se isso acontecer,  a brasileira deve ser liberada após o julgamento em novembro. 

Leia mais: Polícia prende viúvo em crime envolvendo babá brasileira na Virgínia

Entretanto, a promotoria pediu que a sentença só seja anunciada após o julgalmento de Banfield para "ver o quanto Juliana ainda vai cooperar". 

Já Banfield nega o assassinato da mulher e a defesa afirma que as evidências “não se somam”. 

Brendan Banfield levou mais de um ano para ser preso
Brendan Banfield foi preso no mês passado 

Crime

Segundo as investigações, Banfield arquitetou um plano para matar a esposa e viver com Juliana. Ele criou um perfil para Christine em uma rede social voltada para encontros amorosos e marcou um encontro com Joe Ryan na casa da família.

Juliana teria se passado pela patroa em uma conversa por áudio com Ryan no aplicativo de mensagens. Ele foi atraído até o endereço de Christine e morto a tiros por Juliana e Banfield. 

Segundo as autoridades do Condado de Fairfax, a mulher foi assassinada a facadas pelo marido. Brendan esfregou o sangue de Christine em Ryan para simular que o desconhecido havia a matado.

Na época, os réus afirmaram à polícia que Ryan invadiu a casa e atacou Christine e, para se defender, eles atiraram no homem. 

O inquérito descreve que Juliana ligou para a polícia pouco antes das 7h50 no dia 24 de fevereiro de 2023 e desligou rapidamente. Três minutos depois, a babá voltou a ligar e disse que "seu amigo foi ferido". 

Christine Banfield foi morta a facadas
Christine e Ryan foram friamente assassinados 

Banfield pegou o telefone e relatou que havia atirado contra um homem que invadiu sua casa e esfaqueou sua mulher. A perícia não encontrou sinais de arrombamento.

A  criança de 4 anos estava no porão da casa no momento do assassinato. 

Primeira versão 

À polícia, Juliana disse que ela e Brendan Banfield não estavam em casa quando Christine foi esfaqueada.

A babá contou que ao chegar em casa viu um carro que não reconheceu e ligou para a patroa que acreditava estar no local sozinha. Como Christine não atendeu, ligou para Banfield que voltou para a residência imediatamente. 

Em depoimento, Juliana disse que foi até o quarto, onde viu Christine ferida e Ryan com uma faca na mão. Neste momento, o patrão chegou e atirou no homem. 

Beanfield, um funcionário do IRS (Receita Federal americana) se recusou a prestar depoimento na época.


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